21/05/2015 11:17
Texto: Ismael Baubeta foto: Bira Miranda
Para quebrar a monotonia do uso urbano e rodoviário da CB 500X, decidimos colocá-la à prova em situações menos comuns e mais exigentes, é claro, tanto para a moto como para o piloto: numa pista fechada e no fora de estrada. Aproveitamos o curso para proprietários de modelos big trail ministrado pelo nosso piloto de testes Leandro Mello e levamos a X para executar todos os exercícios no asfalto e na terra.
A pista onde foi ministrado o curso está em terreno de relevo irregular, é estreita, cheia de subidas e descidas, e não deixa margem para erro. Em certos pontos, sair da pista pode significar despencar três andares morro abaixo, por isso foi necessária cautela, afinal o objetivo não era baixar tempo e sim avaliar a moto neste cenário. A CB 500X, apesar da altura e jeitão potencialmente desajeitado para uma pista de velocidade, se saiu bem. É possível exigir nas frenagens sem que o ABS se intrometa, dá para contorná-las com ótima velocidade, ela te deixa à vontade e exige pouco esforço para as mudanças de direção. Os exercícios com cones e o slalom provaram sua agilidade de lado a lado. Dá para arriscar um track day sem problema, desde que não se importe em ser ultrapassado pelas esportivas que aceleram mais rápido e atingem velocidades bem maiores.
Depois de mudar o chip cerebral de técnicas para asfalto, lá fomos, eu e a CB, para a terra, por caminho estreito e sinuoso com subidas, descidas e alguns obstáculos que exigiram bastante fisicamente. Houve tempo para subir encostas íngremes e treinar a descida com o controle dos freios, tudo completamente diferente do que se costuma fazer no asfalto. Na subida, corpo inclinado lá na frente, com a cabeça na linha do para-lama, e na descida a bunda no para-lama traseiro, única forma de fazê-lo bem feito.
Dificuldades do piloto à parte, o que interessa é que a CB 500X se mostrou bastante eclética e bem desenvolta em todas as situações em que a colocamos, dentro de suas limitações de suspensão (dá para saltos de motocross).
Estive preocupado com o estranho comportamento do freio dianteiro durante os últimos dias, porque a alavanca exigia mais força no acionamento e uma estranha vibração (intermitente) aparecia. A concessionária identificou um empenamento no disco, o que geralmente é causado por choque, mas como não sofremos nenhum acidente ficou a impressão que alguém deve ter batido na moto estacionada. Após a troca (R$ 390) o funcionamento voltou ao normal.
Km total da moto: 11.764
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