Super Ténéré é convertida em réplica da campeã do Dakar 1991

Enquando a Yamaha dominava o rali na década de 1990, um garoto sonhava com a moto do campeão Stéphane Peterhansel

06/01/2020 11:01

Depois de muitos anos cobrindo o Rally dos Sertões, o jornalista paulistano Fabiano Godoy começou a procurar motos de rali antigas para comprar na Europa. Já estava familiarizado com as opções de peças para modelos antigos disponíveis no mercado de reposição estrangeiro. Proprietário de uma Yamaha XTZ 750 Super Ténéré, acabou decidindo montar uma réplica no Brasil com os componentes importados.

"Sempre fui fã do piloto francês Stéphane Peterhansel, que venceu seis vezes o Dakar na década de 1990", conta. "Tinha até posteres dele competindo com a Yamaha." Em 1991, ainda garoto, viu passar na rua uma Super Ténéré branca e começou a sonhar com o dia em que teria uma. "Comprei uma das poucas Super Ténéré 750 importadas, do primeiro lote que veio para o país." Depois de alguns anos com a moto original, começou a montar a réplica do protótipo usado por Peterhansel em 1991. 

Motor

O bicilíndrico da Super ganhou o kit de preparação de carburadores Dynojet estágio 2, velas de iridium e filtro de ar esportivo K&N. O coletor de escapamento original de aço foi trocado por um de aço inox inglês, da Motad, mais leve e com duas curvas a menos. A ponteira foi substituída por uma Arrow Dakar Replica, que segue o padrão das usadas nas motos da equipe Yamaha francesa nos anos 1990. “A Super ficou mais solta, perdeu o característico buraco de torque em baixa e está mais rápida”, diz Fabiano.

Freios

Pastilhas e discos novos da Brembo, série Oro, acompanhados de dutos de fluido revestidos por malha de aço. A melhora foi expressiva.

Suspensões

As molas dianteiras foram trocadas por outras progressivas da alemã Wilbers, que deixaram a frente mais alta. Na traseira será instalado um amortecedor da White Power com regulagem pneumática. Os aros de roda originais foram substituídos pelos Excel Takasago pretos com raios de inox.

Acabamento

“Descobrir e acertar a cor usada nas motos de competição talvez tenha sido a parte mais difícil do projeto”, lembra Fabiano. O azul é parecido com o das Ténéré 600, mas de outra tonalidade. Na capa do banco entraram laterais azuis de couro e alcântara na parte central, mesmo tecido dos assentos de motocicletas de rali e carros de competição. Para finalizar, foi aplicado um conjunto de adesivos seguindo o padrão das motos de competição da época, com os patrocinadores da equipe Sonauto.

Acessórios

O guidão é um Pro Taper Evo, com adaptador da TForce. Ficou mais alto e agora está acompanhado de protetores de mão Acerbis Rally Brush, de época. O bagageiro recebeu uma chapa de alumínio com duas setas de Super adaptadas para serem luzes auxiliares de freio, como na moto de Peterhansel e outras contemporâneas.

 

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