Rossi ainda faz mistério, mas admite mudança para Petronas

Em 2021 piloto deve trocar time de fábrica da Yamaha pela equipe Petronas, que usa a mesma moto

20/05/2020 11:44

A novela da continuidade de Valentino Rossi na MotoGP por mais um ano está próxima do final. Afirmando precisar de tempo para decidir, a Yamaha contratou Fabio Quartararo para seu lugar em 2021. E para Rossi restaria a moto do substituto, a mesma Yamaha M1, na equipe Petronas. 

Até esta terça-feira (19) o multicampeão italiano não havia se manifestado a respeito da Petronas, embora já tenha concordado que não poderá esperar o início (ainda incerto) da temporada para dar uma resposta. No final de abril, Rossi admitiu que deve correr em 2021. 

Nesta última entrevista, ele diz que tem “uma boa oportunidade com a equipe Petronas, que está em nível máximo, como demonstraram no ano passado com Quartararo e Franco”. 

Ele completa que é um time “jovem”, mas com muitos profissionais que já conhece da Yamaha, e com um ótimo patrocinador. “Para mim é uma opção muito boa, mas não vou para a Petronas só para me despedir da MotoGP. Quero ser competitivo.” 

O que parece faltar agora para sacramentar a continuidade de Rossi na MotoGP em 2021, aos 42 anos, é um acordo sobre condições do contrato. Uma vez assinado, provavelmente o mistério continuará enquanto o piloto e a Petronas aguardam uma oportunidade melhor para o anúncio. 

Isso significa não apenas comunicar o acordo por escrito, mas fazê-lo no fim de semana de um dos GPs planejados para o segundo semestre. Não seria difícil apostar no de Misano, “casa” de Rossi, que deve ocorrer após o início da temporada na Espanha – quando as atenções estarão voltadas ao retorno da categoria e desempenho das novas motos.      

Entenda a troca de pilotos

Em janeiro deste ano a equipe Yamaha de MotoGP assinou contrato com o francês Fabio Quartararo para 2021 e 2022. Ele será promovido da equipe satélite Petronas Yamaha. A equipe de fábrica também renovou o contrato do espanhol Maverick Viñales, companheiro de equipe de Valentino Rossi, para as duas temporadas seguintes.

Era preciso assegurar a permanência de talentos assediados por outras equipes, em especial a Ducati. Rossi estava perto de completar 41 anos depois de terminar a temporada 2019 em 7º no campeonato, sem vitórias (a última aconteceu em 2017), enquanto Viñales terminou a última temporada em 3º, com duas vitórias. 

No início do ano, o discurso do veterano italiano foi que precisaria de ao menos cinco corridas em 2020 para avaliar se ainda seria competitivo e estaria motivado a continuar em 2021. As corridas ainda não aconteceram, e não há certeza se acontecerão no segundo semestre. 

Com a vaga de Quartararo na Petronas ainda aberta para 2021, Rossi se posicionou pela primeira vez em entrevista ao site da MotoGP para o comentarista Matt Birt. “Não é o melhor jeito de parar, porque a situação é que talvez não corramos em 2020”, explicou. “Então é mais justo parar no final da próxima temporada, por isso espero continuar em 2021.”

Ele explicou que no cenário mais otimista a MotoGP voltaria a ter provas no segundo semestre, mas que não seria possível esperar tanto para decidir. O diretor da equipe Lin Jarvis já havia dito que a Yamaha sempre terá uma moto para Valentino. 

Caso o acordo para a transferência de Rossi se confirme, na Petronas ele terá uma Yamaha M1 com as mesmas especificações da equipe de fábrica. Completará 42 anos em fevereiro de 2021, antes do início da temporada. 

Hoje o piloto mais jovem no grid é Iker Lecuona (Tech 3 KTM) com 20 anos, seguido justamente de Quartararo com 21 anos. E os mais velhos depois do italiano da Yamaha, num campeonato dominado pela faixa etária ao redor dos 25 anos, são Andrea Dovizioso e Cal Crutchlow com 34 anos.  

 

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