05/06/2018 12:06
Após o GP da Itália do último fim de semana, o diretor da equipe Yamaha Lin Jarvis esclareceu a situação de impasse para definição do time satélite que correrá com as M1 em 2019. Depois do acordo anunciado pela Tech 3 com a KTM para o ano que vem, deixando a Yamaha, e com Rossi mantido como piloto oficial ao menos por mais uma temporada – portanto ainda não estreará a equipe VR46 na MotoGP –, a fabricante japonesa está ficando sem tempo para encontrar uma solução que a permita ter mais duas motos no grid. “Gostaríamos de ter quatro motos no grid, mas existe a questão do tempo, porque o prazo para encomendas de motos termina em 30 de junho”, explica Jarvis.
O prazo existe para que adequem o cronograma de produção de componentes na fábrica, localizada na Itália, sem prejudicar as atividades do time principal. E diz o diretor que se não houver uma alternativa “sólida” até o fim deste mês prefere correr apenas com as duas motos de fábrica em 2019. “Nosso plano era simples, estávamos negociando com a Marc VDS (atualmente Honda). Faria muito sentido porque eles também têm uma equipe de Moto2, um canal para jovens pilotos. Estávamos muito perto de chegar a um acordo, até que a equipe entrou em colapso.”
O diretor da Yamaha se refere à acusação de que o dirigente da equipe Michael Bartholemy desviava recursos da Marc VDS, o que provocou um complexo processo de dissolução com o dono da empresa Marc van der Straten, uma vez que Bartholemy é proprietário de ativos do time e portanto uma espécie de sócio. Neste momento sequer a continuidade da equipe está assegurada, e a alternativa da Yamaha seria a organização de uma nova equipe satélite patrocinada pela Petronas. Uma possibilidade sem nada ainda concretizado, mas que teria este mês como prazo definido para estabelecer um acordo com a Yamaha.
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