Por R$ 700 mil, o que a moto mais cara do país entrega?

Ducati Panigale V4 Superleggera usa fibra de carbono em chassi, rodas e balança traseira

19/03/2020 21:28

A moto mais cara à venda no país precisa ser encomendada à italiana Ducati, que reserva uma das 500 unidades ao Brasil. São produzidas artesanalmente, fora da linha de produção da esportiva convencional.

Ponto chave na Superleggera é o uso de fibra de carbono em toda a estrutura, incluindo chassi, subchassi, braço oscilante da suspensão traseira e rodas. A carenagem da moto de R$ 700 mil também é feita de fibra de carbono, com duas aletas de cada lado para acrescentar pressão aerodinâmica. São 50 kg contra o solo a 270 km/h, quando a Panigale V4 de série com apenas uma aleta de cada lado produz 30 kg.

O uso de titânio, magnésio e alumínio esculpido de blocos sólidos ajuda no resultado final de 16 kg a menos do que a já leve versão convencional. Apesar de ser uma moto homologada para uso nas ruas, a Superleggera vem com um kit racing para uso nas pistas. As alterações reduzem o peso em outros 7 kg, para impressionantes 152 kg a seco. E liberam a potência fora dos parâmetros de emissões para até 234 cv.   

O motor V4 usado na série limitada é o mesmo da Panigale V4 R, versão do Campeonato Mundial de Superbike. São 998cc que rendem 224 cv na configuração para as ruas, com escapamento Akrapovic. A moto é entregue com um segundo sistema Akrapovic, de titânio, como parte do kit racing. Sem as restrições legais, como abafadores e catalisadores, é o principal responsável pelos 10 cv extra. Através do painel TFT, uma nova calibração eletrônica do motor é selecionada para funcionar com o sistema de exaustão para a pista. 

Até as suspensões Öhlins e freios Brembo têm componentes exclusivos para a versão limitada. As suspensões são mais leves do que as produzidas em linha pela fabricante sueca, e até uma mola de titânio foi usada no amortecedor da Superleggera. Já os freios têm pinças dianteiras Stylema R exclusivas, para mais consistência nos treinos longos em track days. 

O resultado de todo esse investimento foi medido pelo piloto de testes da Ducati em Mugello. Com pneus slick, ele ficou a menos de 2 segundos do tempo de volta da Panigale V4 R SBK de competição.  

As 500 unidades da Panigale V4 Superleggera serão produzidas apenas em 2020, com entregas a partir de junho.    

 

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