Nova Harley-Davidson 338 terá como base a Benelli 302

Modelo de baixa cilindrada produzido na China terá motor de 2 cilindros paralelos com refrigeração líquida

04/07/2019 04:07

Em busca de novos mercados e mais vendas na Ásia, a Harley-Davidson decidiu produzir motos de baixa cilindrada na China. Assim como já fizeram BMW e KTM a solução foi buscar um parceiro local pronto para a tarefa. A escolhida foi a Qianjiang, uma das maiores fabricantes chinesas, que produz Keeway e Benelli. De um modelo já desenvolvido para a marca italiana, comprada pelos chineses em 2005, deve se originar a Harley-Davidson 338.  

Com previsão de vendas já no segundo semestre de 2020 a 338, inversão de “883”, não poderia partir do zero. A Harley-Davidson tem pressa, e para cumprir a missão com custos competitivos partirá da base estrutural/mecânica da Benelli 302. O modelo construído em treliça de aço usa garfo dianteiro invertido e amortecedor fixado à direita, como na Kawasaki ER-6. 

Da 302 para a Harley-Davidson 338 também deve vir o motor, com alguns ajustes. Tem 2 cilindros paralelos refrigerados por líquido, comando de válvulas duplo (8 válvulas), e alcança altas rotações. Na configuração atual rende até 38 cv a 11.000 rpm e 2,6 kgf.m a 9.750 rpm. Comportamento bem diferente das Harley, que priorizam força em baixas rotações. O acréscimo de curso aos pistões ajudaria a obter mais torque e a elevar a capacidade cúbica real para 338cc.      

As projeções exibidas pela Harley-Davidson indicam a permanência das rodas de liga de 17 polegadas, portanto seria um modelo street. Até componentes de freios, suspensões, braço oscilante e suportes das pedaleiras são os mesmos da Benelli 302. Portanto, o foco estaria em alterar componentes que definem o design, como farol, painel, tanque, assento, rabeta. Os primeiros desenhos da H-D 338 indicam um farol de pequeno diâmetro, como das Sportster, e uma rabeta com linhas anguladas como na FXDR.

A Harley-Davidson apresenta a 338 como um modelo premium de baixa cilindrada para o mercado asiático. Vendas começarão pela China e depois serão estendidas a mercados vizinhos, como a Índia. 

 

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