Longa Duração: 20.000 km com a Dafra Next 250

Desmontada após atingir quilometragem programada, motocicleta revelou motor internamente intacto, mas algum sofrimento com a buraqueira...

13/08/2014 10:57

Os 20.000 km mostraram muito sobre a Dafra Next 250. Um motor robusto, suspensão traseira “firme” e design que gera curiosidade sobre a cilindrada da moto foram marcantes nos 16 meses de uso diário. Desmontamos tudo e a conclusão a que chegamos é que chassi e motor estavam intactos, apenas alguns pontos poderiam ser revisados para evitar problemas futuros.

O motor manteve sempre o mesmo funcionamento, sem o surgimento de ruídos, falhas ou superaquecimento em baixa velocidade. A média de consumo foi de 28 km/litro, variando de 25 km/litro com a mão “pesada” e 32 km/litro.

Antes da desmontagem tivemos alguns problemas. O mais sério ocorreu antes da revisão de 12.000 km, quando a bomba de combustível parou de funcionar e a moto nos deixou na mão. Segundo a Dafra, o motivo foi uma falha causada por oxidação nas conexões elétricas. Ela também precisou que uma limpeza fosse feita no sensor do velocímetro aos 4.000 km, para que o painel digital voltasse a indicar a velocidade normalmente.

Em todo este tempo a maior vilã da Next foi a buraqueira no asfalto, que a fez perder os dois contrapesos do guidão, um parafuso do protetor de corrente, obrigou à substituição dos rolamentos da caixa de direção com 12.000 km e rompeu a estrutura de metal que sustenta o suporte da placa, aos 16.000 km. No mais a manutenção se restringiu à troca de dois pneus traseiros, as pastilhas de freio dianteira e traseira, óleo do motor e filtros.

Depois da desmontagem, começamos a inspeção pelo chassi. Estava totalmente íntegro e não sinalizava oxidação ou trincas nas soldas. As buchas do braço oscilante da suspensão traseira também estavam em boas condições. Com o motor aberto foi possível notar que há qualidade nos componentes internos. O eixo do comando de válvulas é apoiado por rolamentos e os ressaltos do comando de válvulas não apresentavam ranhuras e estavam dentro das especificações de desgaste.

Na câmara de combustão encontramos válvulas e pistão menos carbonizados do que esperávamos para uma moto de uso predominantemente urbano. O virabrequim do tipo montado e acomodado por rolamentos e com biela sem corte e com roletes, estavam dentro das especificações de desgaste.

O tratamento que o cilindro recebe para redução de atrito e desgaste funcionou bem, pois além de ainda manter as marcas do brunimento, conicidade e ovalização medidos foram insignificantes. Bomba de óleo e discos de embreagem ainda não necessitavam de substituição e demais componentes como engrenagens do câmbio e do volante de partida estavam como novos.

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