Honda Bros ganha CBS para 2018

29/09/2017 13:54

Seguindo a agenda para 2019, quando todas as motos vendidas no país terão obrigatoriamente algum sistema de assistência à frenagem, a Honda se adiantou e acaba de lançar a NXR 160 Bros CBS por R$ 11.990. Além da tradicional atualização de cores e adesivos passa a ser item de série o sistema de frenagem combinada, como na CG 160, que distribui parte da pressão aplicada ao sistema traseiro também para o dianteiro. Usando os dois freios ao mesmo tempo a distância de frenagem é reduzida (corrige-se o erro do não uso do sistema dianteiro, que é o mais potente) e a tendência a travamento por excesso de pressão em um dos sistemas é diminuída pela distribuição entre as duas rodas. A partir da mais cara XRE 190 o tipo de assistência é por ABS, que ao identificar o travamento alivia parte da pressão no sistema.

Exceto pelo painel digital com fundo preto, como na Titan, a principal novidade para 2018 não é identificada visualmente, afinal dois discos de freio já faziam parte do pacote do modelo ESDD 2017 (a standard segue com dois tambores, agora interligados pelo sistema CBS). Os mais atentos perceberão que há mais flexíveis de freio no sistema e a pinça dianteira tem três pistões, como nas demais motos da marca com sistema combinado. Diferentemente da CG, o CBS da Bros teve de levar em consideração o centro de gravidade mais alto, as suspensões de curso maior e os pneus de uso misto, ou seja, a maior tendência à transferência de peso para a dianteira nas frenagens (“mergulho” da suspensão) e a menor área de contato de borracha dos pneus com o asfalto, além da possibilidade de uso em pisos de baixa aderência não pavimentados.

Melhoria em números

O sistema CBS funciona da seguinte forma: ao se acionar o pedal de freio traseiro, parte da força da frenagem é transferida por uma ligação hidráulica até o pistão central da pinça dianteira. Portanto, a atuação sobre a dianteira é tão sutil, correspondendo a apenas 30% da capacidade da pinça, que não há risco de travamento por quem tem medo de usar o freio da frente e por isso insiste em contar apenas com o traseiro, erro disseminado também nas moto-escolas.

Começo os testes sentindo o freio combinado acionando somente o freio traseiro, e é nítida a sensação da frente afundando um pouco na frenagem, mas mantendo a moto bem alinhada na traseira. Nada disso seria válido se as distâncias de frenagem não melhorassem, e a 60 km/h freando somente com o freio de trás a nova Bros percorreu 30 metros, contra 38 metros do modelo 2017 sem o sistema. Já no teste feito sobre terra, além da distância, o que mais chamou atenção foi a menor tendência a travamento e descontrole da traseira, o que aconteceu com o modelo 2017, deslizando para os lados freneticamente.

 

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