Eu e ela: ?a Super Glide me escolheu para o resto da vida?

O especialista em tecnologia da informação Rafael Maurício comprou por acaso uma Harley-Davidson Dyna Super Glide e encontrou um novo sentido na vida

29/04/2015 11:29

Por: Vinícius Piva

A vida de Rafael Maurício, 30 anos, nunca mais foi a mesma depois que saiu de Ribeirão Preto (SP) para visitar a concessionária Harley-Davidson mais próxima, em Campinas (SP). O especialista em tecnologia da informação não tinha nenhum plano a não ser acompanhar um amigo, que queria conhecer um novo modelo da marca. Chegando lá foi convidado a fazer um teste e mesmo não tendo muita prática ao guidão, aceitou andar numa Sportster 883. Gostou, até se deparar com a Dyna Super Glide. Ele não sabia, mas a partir daquele instante começava a escrever uma nova história: “Casou. A potência do motor, a posição de pilotagem... ela me escolheu naquele momento para o resto da vida”, conta.

Maurício voltou para casa com o negócio concretizado, sem avisar os familiares. “Foi um impacto. Meu pai não falou nada, com olhar de quem gostou, mas minha mãe reprovou. Depois viu que era algo além das motos, que envolve boas amizades, então aceitou”, acrescenta. Com a moto na garagem começou a fazer passeios frequentes, até se juntar a um pequeno grupo de motociclistas de Ribeirão. À medida que o tempo passava, se envolveu cada vez mais com a organização da turma até que o líder precisou se desligar e passou o posto para Maurício. Em 2012, foi indicado como diretor do novo Chapter local do HOG, o clube de associados da marca, que passou a existir quando foi inaugurada a loja em Ribeirão Preto. São cerca de 800 pessoas que se encontram às quintas-feiras à noite e aos finais de semana para passearem juntas.

A cultura que envolve a marca estadunidense passa pela customização. Nos primeiros seis meses Rafael Maurício resistiu e não quis alterar nada na Super Glide, mas bastou trocar a primeira peça para iniciar um processo que parece não ter fim. “Customizei minha moto inteira: pintura, acessórios e até o motor. Cheguei a um ponto em que esteticamente não tinha mais nada a fazer, então parti para o propulsor. Vi o que faziam nos Estados Unidos e fui modificando até chegar ao limite do que a linha Screamin’ Eagle permite”, conta. “Hoje estou realizado com minha moto do jeito como ela está. Trato como um filho, que não vendo, não troco, não dou e não empresto”.

Apesar de ter customizado a Super Glide à sua maneira, Maurício sempre quis mantê-la em condições de uso para o dia a dia. Tanto é que há um ano a adotou como meio de transporte para o trabalho, pouco mais de 15 km de trajeto rodoviário. “Chego ao trabalho relaxado e vou embora tirando o estresse. Às vezes, até estendo o caminho para aumentar a curtição”.  

Sobre o futuro com as motos, pretende comprar uma Ultra Limited para as viagens mais longas, mantendo a Super Glide para uso diário e viagens curtas. Colocá-la na negociação está fora de cogitação. “Quero ficar com ela até o fim e gostaria que nunca saísse de perto dos familiares. Aprendi a viver de uma forma diferente e hoje me sinto completo. A moto mudou a minha vida”, encerra.

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