Comparativo scooter: BMW C600 Sport e Yamaha T-Max 530

Os dois modelos aproximam a comodidade do scooter do prazer de andar de moto

27/06/2014 17:14

Texto: Marcelo Assumpção         Fotos: Mario Villaescusa

Eles são interessantes, caros e disputados. Os scooters de luxo BMW C600 Sport e Yamaha T-Max 530 foram importados em cautelosos lotes de pouco mais de uma centena de unidades para “testar a aceitação do mercado”, mas agora se esgotam rapidamente nas concessionárias.

O que eles têm de tão especial? A comodidade de estar num scooter, com o desempenho de uma moto. Parece simples, mas BMW e Yamaha conseguiram mais que agregar status a um veículo geralmente visto como meio de transporte. Os dois conseguiram atrair quem gosta de andar de moto porque são confortáveis sem que isso implique em dimensões “transatlânticas” ou em abandonar o tesão de pilotar.

Os dois foram projetados com cuidado especial para que a distribuição de peso não atrapalhasse a dinâmica nas mudanças de direção ou comprometesse a estabilidade nas curvas. Os motores de 2 cilindros paralelos, o câmbio CVT e os tanques estão posicionados mais abaixo e próximos da roda dianteira do que na maioria dos scooters.

Com o centro de gravidade baixo eles se inclinam rapidamente para mudar de trajetória e dão confiança para contornar curvas sem a oscilação das suspensões bi-choque macias típicas dos scooters urbanos. As rodas de aro 15 polegadas em pneus com larguras usadas nas nakeds de 600cc também contribuem para a agilidade e confiança ao ousar nas inclinações, sensação só comparável à que se tem numa motocicleta. 

Some a isso o design esguio com alusões às esportivas de cada marca, ronco encorpado, capacidade para atingir velocidades de 170-180 km/h e freios competentes (com ABS de série). O resultado é que os dois scooters são verdadeiramente prazerosos de pilotar, mantendo as conveniências do câmbio automático, da carenagem ampla e dos porta-objetos.

Sensações diferentes

Sem meias-palavras, a pilotagem do T-Max é mais agradável. Várias sensações contribuem para essa percepção: o funcionamento do motor é mais silencioso, o ronco do escapamento mais grave e encorpado, e a direção transmite estabilidade em qualquer situação. Descer dele e montar no C600 destaca que o motor do BMW vibra mais, inclusive parado, e que a direção leve oscila em altas velocidades.

Outra diferença curiosa aparece na primeira acelerada, principalmente quando se está com pressa para arrancar do semáforo na frente dos outros veículos. Você gira o acelerador e nada acontece de imediato. Há um delay entre o acionamento e a resposta do motor, que faz o T-Max sair na frente e o C600 vir buscando a diferença até ultrapassá-lo (são 60 cv contra 46,5 cv).

Conforto e espaço são semelhantes nos dois, mas os R$ 9.500 pagos a mais pelo BMW se revertem em itens de série extra. O espaço embaixo do banco se amplia para acomodar um segundo capacete quando o scooter está estacionado, sistema batizado de Flexcase que é composto de uma tampa sanfonada que se abre abaixo da rabeta. E não é preciso puxar o freio de mão como no T-Max porque ele é acionado automaticamente pelo descanso lateral. A altura do para-brisa é ajustada sem chave de fenda, bastando girar os parafusos com as mãos usando as duas extensões em forma de registro.

Por fim, o BMW conta com aquecimento de assento e manoplas e o painel é mais completo ao indicar consumo, autonomia, pressão dos pneus, nível do óleo e lâmpadas queimadas (além de velocidade, rotações, hodômetros, nível de gasolina, temperatura do motor e relógio, como no Yamaha).

O C600 está à venda por R$ 52 mil nas cores azul, branco e preto, enquanto o T-Max custa R$ 42.500 nas cores branco e preto fosco.

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