Com produção de motos em baixa no trimestre, Abraciclo revê projeção para 2015

Novo cálculo projeta 85 mil unidades a menos com relação à previsão feita no fim de 2015; número deve ficar em 1.415.000 unidades

09/04/2015 15:17

A baixa nas vendas no início do ano e a consequente redução da produção nas fábricas fez a Abraciclo, Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares rever suas projeções para 2015. Em dezembro de 2014, a estimativa era de produção de 1.500.000 unidades, porém, após o balanço do primeiro trimestre, a entidade calcula que sairão das fábricas 1.415.000 unidades até o último mês do ano.

Segundo dados da Abraciclo, nos três primeiros meses de 2015 foram produzidas 360.167 motocicletas, 12,6% inferior a idêntico período do ano anterior. As vendas no atacado somaram 343.804 unidades, volume 6,9% menor. Já as exportações apresentaram recuo de 76,1% – 6.351 versus 26.619. De acordo com a Abraciclo, essa drástica diminuição nas exportações acontece por conta da crise vivida na Argentina, principal comprador de motos brasileiras.

Para enfrentar esse momento turbulento, a Abraciclo tem buscado apoio do governo para ações que impactem diretamente o setor de duas rodas. “Precisamos ter um nível de custo mais reduzido. Esse tem sido o enfoque das ações com o governo”, disse Marcos Fermanian, presidente da entidade. Sobre o crédito restrito, um dos principais motivos apontados pela associação para a redução nas vendas nos últimos tempos, Fermanian disse que a situação segue na mesma. “De cada dez fichas enviadas para liberação de crédito, entre duas e três são aprovadas”, acrescentou.

As vendas no varejo em 2015 também deverão ficar abaixo do projetado no fim do ano passado. Antes, a Abraciclo calculava algo ao redor de 1.470.000 unidades vendidas, agora a expectativa é atingir 1.365.000, ou seja, 105 mil motos a menos. “O setor está empenhado em novos lançamentos e eventos para estimular a demanda por motocicletas. O Salão Duas Rodas, programado para outubro, certamente irá impactar positivamente nos nossos consumidores”, encerrou Fermanian.

O balanço do primeiro trimestre aponta diminuição de 10,5% nos emplacamentos, segundo números da Fenabrave.

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