25/07/2013 13:09
A BMW anunciou que vai retirar sua equipe oficial do Mundial de Superbike no fim de 2013 motivada por um “realinhamento estratégico” da empresa. A fabricante alemã, que nesse ano já havia vendido a Husqvarna para um executivo da KTM, afirmou que vai priorizar, entre outras coisas, produtos de cilindrada abaixo de 500cc e dará mais atenção para mercados emergentes, citando nominalmente o Brasil.
Os alemães estrearam no principal campeonato mundial para motos produzidas em série em 2009, com a superesportiva S 1000 RR, e precisou de dois anos para deixar a última posição entre as seis fabricantes que disputavam a categoria na época. Em 2012 a equipe conquistou suas primeiras seis vitórias, num total de 28 baterias, todas com o italiano Marco Melandri – que lutou pelo título até o final e terminou em 3º, 29,5 pontos atrás do compatriota Max Biaggi (Aprilia), levando a BMW ao vice-campeonato entre os construtores.
Na temporada atual foram cinco triunfos – três com Melandri e dois com o britânico Chaz Davies –, com 16 das 30 baterias disputadas até agora. Melandri ocupa o 3º lugar e persegue o francês Sylvain Guintoli (Aprilia), líder, que tem 32 pontos a mais que o italiano da BMW. A equipe também busca seu primeiro – e, ao menos nos próximos anos, único – título entre os construtores, disputa na qual está em 3º a 38 pontos da líder Aprilia e 5 atrás da Kawasaki.
“A BMW Motorrad finalizará seu envolvimento com o Mundial de Superbike depois dessa temporada. Essa decisão está ligada ao realinhamento estratégico da marca. A BMW agora se concentrará em expandir o portfólio de sucesso de motos acima de 500cc e também de produtos abaixo dessa cilindrada, na propulsão elétrica e no desenvolvimento em mercados emergentes, como o Brasil e a Ásia. Apenas aqueles que agem consistentemente hoje estão preparados para os desafios de amanhã”, argumentou Stephan Schaller, diretor geral da BMW Motorrad.
“A equipe é muito profissional e motivada e tenho certeza que eles continuarão fazer de tudo para fechar a temporada em alta. Estamos satisfeitos com os resultados atuais e vamos continuar trabalhando duro, então estou convencido que podemos celebrar mais triunfos com Marco e Chaz no restante do ano. Lamento a decisão, mas entendo a posição estratégica da empresa”, disse Andrea Buzzoni, chefe de equipe da BMW no Mundial.
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