22/12/2025 12:03
O CEO da BMW Motorrad, Markus Flasch, foi direto ao ponto ao comentar os rumos da marca: “Uma GS elétrica não faz sentido”. A declaração reforça a visão estratégica da divisão de motos do grupo alemão, que descarta tanto a eletrificação em grandes cilindradas quanto estratégias de baixo custo ou alternativas como o hidrogênio. As afirmações foram feitas em entrevista ao site italiano Moto.it.
Segundo Flasch, a BMW não pretende diluir sua identidade para ampliar volumes. “Se você quer uma BMW, compra uma BMW”, afirmou o executivo, deixando claro que a marca não considera reduzir deliberadamente seu posicionamento premium para disputar mercados emergentes ou segmentos mais baratos. A prioridade segue sendo tecnologia, inovação e valor agregado.
Questionado sobre possíveis alianças com fabricantes asiáticos e sobre a expansão de modelos mais acessíveis, o CEO foi categórico: não há planos para motos “low cost”. Essa postura também se reflete na análise dos segmentos intermediários entre 400 e 700 cc. Embora reconheça espaço entre 450 e 900 cc, Flasch evitou antecipar lançamentos.
A família GS permanece como eixo central da estratégia. Flasch citou a nova BMW F 450 GS como exemplo de visão de produto: não se trata de criar uma enduro especializada, mas uma GS “de verdade” que funcione como porta de entrada ao universo mais emblemático da marca. “Queríamos atrair novos clientes para o universo GS”, explicou, destacando que quem entra nesse segmento tende a permanecer nele.
No campo da eletrificação, a BMW mantém uma abordagem seletiva. O único scooter elétrico da marca é o BMW CE 04, enquanto projetos como uma GS elétrica seguem fora do radar. Para Flasch, certas tendências simplesmente não se alinham à filosofia da BMW Motorrad — e a marca não pretende segui-las apenas por pressão do mercado.