Avaliação: na pista com a Ducati 1199 Panigale S Senna

Nosso pilotou andou na exclusiva esportiva que carrega o nome do tricampeão mundial de F1 Ayrton Senna

09/06/2015 12:10

Texto: Ismael Baubeta          Fotos: Bira Miranda

Levamos a Ducati 1199 Panigale S Senna até Tatuí (SP) em um pequeno autódromo para sentir a força do motor em L a 90º, chamado pelos italianos de Superquadro. A moto é linda, suas linhas angulosas chamam a atenção, a cor grafite da carenagem e a laranja das rodas dão o tom da exclusividade desta moto que tem série limitada a 161 unidades e qualidade de acabamento irretocável.

Os quase 250 quilômetros de estrada (ida e volta) até o local foram um tanto massacrantes, já que a posição de pilotagem é bem lançada à frente, o que te obriga (sempre que você lembrar) a enrijecer o abdômen e as pernas para sustentar o corpo e relaxar os braços. O mesmo você vai sentir se for se exibir pela cidade. O melhor é que a passarela seja curta e tenha recuos para descanso, caso contrário você padecerá de dores lombares.

Mas basta entrar em recinto apropriado para sentir cada nervo de seu corpo pulsando os sinais captados pela vibração e barulho ímpar da Panigale. Os dois cilindros rendem 195 cv a 10.750 rpm e quase 14 “quilos” de torque, dá para imaginar a patada que você sente nas acelerações? O giro do acelerador transforma a imobilidade em 100 km/h quase num piscar de olhos. Aliás, é melhor não piscar se decidir acelerar, principalmente se estiver em um circuito como este, sem áreas de escape e cercado de desníveis. Por isso a cautela de frear antes do que você poderia e acelerar nas saídas de curva um pouquinho depois do ideal. Mas nem por isso a experiência de tocar a Senna foi menos emocionante.

A potência e o torque são brutos e te impulsionam muito rápido nas saídas de curva. A eletrônica te dá opção de controle de tração, ABS e modos de potência para gerenciar sua tocada. Está com medo? Então é só colocar no modo Rain para amansá-la e apagar a palidez de seu rosto com o susto da patada, aí sim você vai se divertir. Não tenha vergonha, afinal ela é nervosa e não tolera desaforo e desrespeito. Esteja preparado para tomar uma bofetada na cara sem dó.

Essa Ducati é muito rápida para entrar nas curvas, a ciclística permite mudanças de trajetória bem rápidas e os pneus Pirelli Diablo Corsa ajudam na rapidez das manobras. É comum em curvas de baixa velocidade sentir a moto deitar mais rápido do que você imaginava, isso por conta do pneu dianteiro “bicudo” totalmente voltado para uso em pista e da geometria de suspensão, com ângulo de cáster bem fechado. Em compensação, deixe-o chegar à temperatura ideal e pode confiar (de olhos abertos!), o grip te ajuda a pensar na possibilidade de raspar os cotovelos nas curvas, como fazem os grandes da MotoGP.

Outra grande virtude desta italiana são os freios. Com discos de 330 mm e poderosas pinças radiais monobloco da conterrânea Brembo, esta moto é capaz de fazer pular os globos oculares nas frenagens, enquanto a roda traseira quer passar por cima da moto. Freia muito e a bem da verdade é que você acaba ficando com a impressão de que poderia ter ido um pouco além na aproximação das curvas.

Tudo nesta Ducati é bastante exclusivo e todas as sensações intensas, inclusive a frustração ao ver os R$ 100 mil na etiqueta. 

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