Avaliação: Benelli TNT 899

De volta ao Brasil, a Benelli privilegia a esportividade na naked TNT 899. Suspensões e freios acima da média são o ponto alto do modelo

18/06/2014 17:52

Texto: Francis Vieira        Fotos: Mario Villaescusa

Se a aparência da TNT 899 chamou sua atenção, espere até fazer curvas com ela. Sem receber mudanças significativas nos últimos anos, a Benelli TNT 899 é basicamente o mesmo modelo que avaliamos em 2008, quando foi importada em pequena quantidade pelo extinto Grupo Izzo. Hoje a Benelli é propriedade do grupo chinês Qianjiang.

O chassi é extremamente rígido e as suspensões bem acertadas dão ótimo feedback ao piloto, transmitindo confiança em altas velocidades e inclinações acentuadas. Esse conjunto que permite aproveitar bem todo o potencial da TNT é formado por um chassi tubular de aço na dianteira e duas placas de alumínio que abraçam o motor por trás, evitando possíveis torções. A suspensão dianteira Marzocchi tem tubos de 50 mm sem regulagens – mas estão bem acertadas – e a traseira monoamortecida possui ajustes de retorno e pré-carga da mola.

Outros refinamentos também merecem ser destacados, como o freio dianteiro com discos de 320 mm e pinças Brembo de quatro pistões com mangueiras revestidas por malha de aço ou os pneus esportivos Michelin Pilot Power. O espaço necessário para frenagem nos testes foi o menor que já aferimos na categoria das nakeds intermediárias entre as 600 e as 1.000cc. Para ficar melhor só faltou o ABS, que não está disponível nem como opcional.

A TNT 899 tem guidão largo, que mantém os braços afastados e obrigam o piloto a se inclinar para frente. Um guidão maior aumenta o efeito alavanca (que multiplica a força aplicada) e o resultado é uma moto mais ágil e que exige menos esforço para trocar de direção. O banco estreito na parte frontal facilita a mobilidade e deixa clara a orientação para esportividade, mais que conforto.

O desempenho que empolga em altas rotações também sinaliza que a Benelli vai melhor na estrada, e de preferência com muitas curvas. Os 98 cv disponíveis a 9.500 rpm e o torque de 7,6 kgf.m para tirar da imobilidade um conjunto de 224,6 kg (em ordem de marcha) a deixam em desvantagem nas acelerações quando comparada, por exemplo, à Z800 e à Suzuki GSR 750.

Matéria completa está na revista Duas Rodas de abril (463).

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