Primeiras impressões: MV Agusta Dragster 800RR

Fomos à Itália conhecer a versão mais radical da Dragster 800, que ganhou potência e torque, além de eletrônica refinada

22/10/2014 21:08


Texto: Ismael Baubeta, de Toscana, Itália


 


A MV Agusta acaba de lançar duas versões mais apimentadas dos modelos já conhecidos Dragster 800 e Brutale 800, que usam o mesmo pacote de motor e eletrônica. Exclusividade e alta tecnologia são as palavras-chaves dos modelos. Basicamente o motor recebeu novos corpos de borboleta (de 50 mm) e dois injetores por cilindro e caixa de ar foi modificada para melhorar o fluxo de oxigênio. Isso resultou em 140 cv de potência e 8,7 kgf.m de torque máximo, acima da versão normal: 125 cv e 8,2 kgf.m.


 


Viajamos para a Itália e tivemos o primeiro contato com a exclusiva Dragster 800RR, uma motocicleta que tem muita eletrônica e design fora do comum. Entre as possibilidades de seus bits, mapas de entrega de potência (normal, rain, sport e custom) e torque (somente no modo custom), além do controle de tração e ABS. A resposta do motor ao giro do punho é imediata e vigorosa, sem a histeria da Brutale 800R. Uma boa notícia para os menos experientes. 


 


A Dragster 800RR é uma moto compacta, leve e fácil de pilotar. Em comparação com a Brutale 800RR, é preciso fazer mais de força para entrar nas curvas, sensação causada pelo pneu traseiro mais largo, de 200 mm, enquanto na Brutale é de 180 mm. As rodas raiadas, que haviam causado estranheza nos primeiros teasers da moto, são uma novidade. O aro é de liga e os raios serviram para diminuir o peso da roda e consequentemente o efeito giroscópico, já que eles são mais leves do que os raios de liga.


 


A suspensão é totalmente regulável, sempre por meio de ferramentas. Tem comportamento típico de moto esportiva, para utilização em circuito. Nas ondulações têm menos capacidade de absorção e acaba transmitindo o movimento para o piloto e é capaz de fazer mudar a trajetória nesta condição, não transmitindo segurança em tocada esportiva no asfalto ruim.


 


A maior novidade é o quick shift (acionamento rápido do câmbio sem uso da embreagem), que agora permite reduções sem ter que acionar o manete da esquerda, basta ter o acelerador fechado. Impressionante o bom comportamento e a suavidade nas reduções, mesmo as mais abusadas são suaves. O mesmo acontece nas trocas de marcha, o corte do motor e a entrada da marcha são rápidos. 


 


Toda esta parafernália eletrônica e exclusividade vai ter seu preço. Na Europa será vendida a 16.290 euros, aproximadamente R$ 57 mil. A moto estará disponível em duas cores: branca e cinza. Ainda não há confirmação de seu lançamento no Brasil.


 


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Confira o vídeo oficial do modelo:

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